domingo, 22 de maio de 2016

Capítulo 01 - Santos é pequena demais

Sexta-feira amanheceu e minha maior vontade é de ficar na cama direto, mas hoje é dia de ir para Santos e podem apostar que eu poderia estar mais feliz se eu tivesse a Sasá ou intimidade com a minha prima.

Patrícia: FILHA, VAMOS LOGO!

Mamãe e Fred são o que estão mais empolgados em ir à Baixada. Na verdade, dona Patrícia e minha tia nasceram em Santos e só a mamãe veio para capital, junto com a minha avó, na época da faculdade.
Dona Nina veio morar com ela porque se separou do meu vô e ele ficou morando com a minha tia. Ah que saudade dele :(
Já Frederico não para de falar do Santos um minuto. Ouvi um segundo grito dela, tirei o celular da tomada e desci com uma mala e uma mochila. Pouca coisa né?

Fred: Praticamente o guarda roupa inteiro.
Patrícia: Aí dariam quatro malas e duas mochilas, filho. Vamos que sua avó já está agoniada.
Fred: Quero saber como a fera vai se comportar do lado do velho Otávio lá.

A gente sempre acha que eles se separaram ou porque o vô tinha outra ou porque minha vó não aguentava mais fingir um casamento que não estava perfeito. Só que tá na cara que eles se amam ainda. Isso toda a cidade de Santos sabe.

Vó Nina: Da mesma maneira que eu sempre me comporto. Não tem porque ser diferente.

Vovó realmente é uma figura. Mamãe deu a partida e eu pus os fones de ouvido, afinal de contas, não sou obrigada a aturar meu irmão essa hora da manhã. Somos implicantes mesmo, de verdade, se você quiser se candidatar a namorada do Frederico não dou um mês para terminar de tão chato que ele é. Parece que nem é meu irmão.
@julietaschutz: Partiu Santosss
"@gaabimoraes_: @julietaschutz ai não acreditoooo, vemmmm!"
Já se acha na intimidade, mas tudo bem, vão se quase dois meses com ela e vamos ser educadas né? Mamãe disse naquele dia que eu tenho que parar de ser rebelde e a Sabrina vive me enchendo argumento que se eu continuar assim vou morrer para titia. Praga de melhor amiga, assim como de mãe, pega? Se continuar assim tô ferrada!
Pega os gatinhos lá por mim
Opa, Ricardo*
Mas pode ficar só contigo
Hahaha ele tem namorada anta!
Ele esquece dela rapidinho
Nossa, tchau, Sabrina
Olhei pro lado e meu irmão estava dormindo de boca aberta, entrei na câmera do meu celular e tirei uma foto hahaha olha que imagem linda! Respondi minha prima e meu celular começou a tocar Charlie Brown Jr. ótimo, maravilhoso, melhor jeito de poder me acostumar com aquela cidade.
“@julietaschutz: @gaabimoraes_ tô chegando haha”
@julietaschutz: não é fácil encontrar o caminho, mas é bom olhar pro lado e ver que não estou sozinho
“@ricardocoluccitorres: @julietaschutz tá vindo pra cá? Vamo se ver!”
Tô dormindo né? Encontrar com ele? Mas e a Manu amor (namorada dele)? Deixei de lado aquela mention e resolvi dormir porque pelo visto que estava aquela estrada o negócio iria demorar.
[...]
Xxx: Julieta, querida, chegamos.

Ah, holidays, vocês são bons/ruins. Pra que tanto transito se nem é Natal ainda? Ok que tá chegando, mas ainda na metade da primeira quinzena de dezembro era para ter trânsito assim?
Vovó me chamou mais uma vez e eu desci do carro olhando para o prédio que minha tia morava. Percebi que a mamãe tinha estacionado na vaga do meu tio e depois me 
chamam de abusada, olha, já sabem pra quem eu puxei né?

Fred: Quero saber como a mamãe vai subir até o 25º andar.
Patrícia: Não vou passar mal. Tudo psicológico.
Vó Nina: Sempre disse para a Flora que ela morava em um andar muito alto, mas a gente sabe que o Luiz é exagerado.

Entramos e dava para ver a cara de pânico da mamãe enquanto o ascensor ia subindo e tudo bem, eu entendo o medo de altura e de ficar presa em um andar muito alto, mas não era para já está acostumada? Fiquei irritando o Fred e mostrei a foto pra ele porque sou má messmo e ele ficou fazendo o joguinho de querer pegar o celular para tentar apagar. Temos cinco anos de idade mental ok? A porta do elevador abriu e Tia Flora já estava nos esperando.

Tia Flora: Que saudade. – abraçou minha mãe e dona Nina ficou falando que eu e o Fred deveríamos ser assim. Mas nunca haha – Nossa, o tempo passa rápido. Já devem estar tudo namorando!
Julieta: Imagina, tia. E Gabi? Fernando? Como vão?
Fred: Tentando fazer a gentil na frente da tia, maninha?
Julieta: Cala a boca, Frederico, faz favor.
Tia Flora: Nunca pararam né?

Somos Tom & Jerry como diz meu avô. Mas não tem como não ser com um irmão igual o meu, sério, ele tira a paciência de qualquer pessoa e olha que eu sou a pessoa mais paciente do mundo!

Tia Flora: Gabi foi à praia encontrar umas amigas e o Fernando está jogando bola lá embaixo.

O apartamento ficava no canal 4, quase em frente à praia de Embaré (inclusive titia está realizando meu sonho de morar em frente à praia ou com vista né?). Visitamos a cozinha só para falar com a Amélia, irmã da Rosa, e um dia eu quero ter sorte de encontrar alguém como elas para cuidar da minha casa como elas cuidam. São patrimônio da família já.
Passamos pelo quarto do seu Otávio e lá estava meu vô deitado assistindo os programas esportivos sobre o Santos (esqueci de mencionar que eu apenas amo futebol e isso é de família já que o Fred me influenciou – alguma coisa ele fez né? – e sou santista e não abro mão).

Fred: Fala, vô! Como tá o peixão?
Vô Otávio: Na mesma. Vamos tentar o bi do paulista e o tri da libertadores. E, você, Julieta? Sua avó nunca mais me deu satisfações suas.
Julieta: Tudo ótimo, vô.
Vó Nina: Otávio, vê se enxerga e aceita que eu não tenho mais que ficar ligando pra ti.

Esse é o clima da minha família. [...] Um tempinho depois, como já estava na hora do almoço, a Gabi chegou da praia com duas amigas e o Fernando subiu com a cambada dele. Homens sempre tem que andar em bando para ser felizes né? Menos pior que o bando do Fernando não chega a ser tão retardado quanto o do Frederico, então, até dá para aguenta.
Sua nojenta! Nem me disse que o Ricardo mandou uma mention!
Lesa, eu vi na viagem, mas nem respondi haha não sei o que respondo
Responde sim, claro, com certeza, já estou na sua casa, na sua cama, com você em qualquer lugar
Quem te ensinou a ser assim?

Fernando: Então, Julie, namorando, solteira, enrolada... como tá a vida?
Julieta: Solteira. Quero aproveitar um pouco.
Gabi: Saiu de um relacionamento agora?
Julieta: Não, não, mas não tô querendo namoro agora não.

Até que eles não eram tão insuportáveis assim. Gabriela ia fazer 16 anos e Fernando tinha a mesma idade do Fred. A gente estava numa roda na sala do apartamento e em dez anos sem se ver a gente mais coisa pra contar do que imaginávamos haha olha o que laços parentais não fazem não é mesmo? Fred engatou de conversar com o bando e ficou só nós três “trocando ideias” – mas a Gabi puxava mais assunto, certeza.

Julieta: Gabi, eu esqueci de perguntar os nomes das suas amigas, elas subiram e foram embora tão rápidos.
Gabi: Era a Thayse e a Julia, mas elas estavam com pressa porque a Tata mora em SP e a Ju no RJ e ela ainda ia viajar.
Julieta: E vocês estudam ou estudaram juntas?
Fernando: Se conheceram de festa.

Amigas de festas sei como é perfeitamente. Minha amizade com a Sasá começou assim e podia ser de ódio porque era um aniversário de 10 anos de uma menina lá da escola e a gente estava naquela correria e a lesa da minha amiga foi correr com um copo de coca e derramou todo na minha roupa que era branca. Quis matá-la, mas depois passou. Sinto que tenho síndrome de bipolaridade e desconheço.

Gabi: Minha mãe disse que você adora praia. A gente pode descer amanhã já que o tempo tá fechando agora.
Julieta: Amo praia! Sério, poderia morar aqui sem problemas haha mas eu fico toda vermelha por conta do Sol.
Fernando: Igual o Ricardo. Tenho um amigo que ele assim mesmo, ama praia, vai praticamente todos os dias, mas se passa 10 minutos no Sol já era.

Gabi é morena então com ela não tem muito problema com sol já eu, meu Deus, cinco minutos e já tô um pimentão. Minha curiosidade bateu assim que eu ouvi a palavra “Ricardo” e eu pensei que pode e pode não ser o mesmo, será? Santos não seria tão pequena para chegar a esse ponto.
Julieta: Ricardo o que?
Fernando: Ricardo Colucci. Conhece?
Julieta: Ahn... não que eu me lembre do sobrenome.

Santos é sim pequena demais para coincidências. Ficamos tanto tempo conversando depois do almoço que quando percebermos a tia Flora já tinha feito até bolo com suco. Um amor! Ligamos a TV e ficamos assistindo filme (deveria ter uns 16 adolescentes naquela sala) e eu estava começando a gostar dessas férias.

[...]

Acordei em mais um dia de férias e cedo ainda. Til estava espalhado pela cama do quarto que eu dividia com a Gabi e ela ainda permanecia dormindo. Fomos dormir tarde ontem conversando e eu acabei contando sobre o Ricardo porque ela viu eu o respondendo. Mamãe, Fred e Vó já tinham subido umas duas semanas e hoje era antevéspera do Natal. Levantei com uma preguiça maior ainda, mas nem tinha porquê continuar na cama se eu já tinha perdido o sono né?
Terminei de escovar os dentes e lavar bem o rosto, peguei uma roupa na minha mala e fui logo tomar banho. Hoje iriamos para praia de novo e enfim eu iria conhecer a Thayse e a Julia e uma outra amiga delas, Rafaella.
@julietaschutz: Bom dia pra quem continua curtindo Santos City!
Falando nisso eu tô adorando ficar aqui. Não é só pela praia, mas por tudo que a cidade pode oferecer e a Gabi e o Fê estão sendo uns ótimos guias turísticos. Amanhã muito provavelmente vou sair com o Ricardo e ele quer me levar para um aquário, fiquei meio, “tá né”, mas já que ele convidou e eu não conheço nem um pouco a cidade vou nem reclamar haha
"@sdesabrina­­muniz: @julietaschutz me trocando né, beleza"
Não sei ligar com esses ataques de ciúmes de dona Sabrina. O celular da Gabi tocou e era a Thayse dizendo que já estava chegando e que iriamos nos encontrar com a Rafa na praia.
Passo número 1: acordar minha prima porque ela pior do que eu com o dilema do despertador.

Julieta: Gabi, já tá na hora, vem levanta.
Gabi: Já? Nossa, que horas são?
Julieta: Quase 10. Thayse mandou mensagem dizendo que já tá chegando com a Julia e vamos encontrar com a Rafaella por lá.

Ela levantou quase batendo nas coisas de tanto sono haha quem mandou a gente ir dormir 5h?? Enquanto ela se arrumava resolvi ir logo tomar café porque ir zerada pra praia não dá. Passei pelo quarto do Fê e ele já tinha levantado (me pergunto como esse menino tem uma disposição de maratonista da São Silvestre e eu aqui tentando lidar com a vida de acordar cedo nas férias).

Vô Otávio: Pensei que nunca ia sair daquele quarto.
Julieta: Nossa, vô, tenho vida. Vou pra praia com a Gabi e acho que a gente não vai almoçar aqui.
Fê: Ouviu, Amélia? Tá desperdiçando sua comida!
Julieta: Larga de ser assim, menino. Vou no shopping depois.
Fê: Cara, tô com pena de ti, sério. Vai no shopping com a Gabi, Tata, Julia e Rafinha é pedir para sair quando ele fechar.
Gabi: Me ama demais, meu Deus! – apertou as bochechas dele. Quem dera se eu e o Fred fossemos assim haha sonho da mamãe! – Julie, a gente vai ter que se apressar porque elas já estão lá. Demorei pra me arrumar hoje.
Julieta: Normal né? Mas tá, vamos logo.

Como não era muito longe fomos andando mesmo debaixo do solzão que fazia naquela cidade, que saudade disso! Eu podia ter nascido aqui né? Tenho DNA da Baixada só pode porque por mais que eu ame São Paulo e toda aquela loucura de cidade global de vez enquanto eu preferia morar aqui do lá.
Chegamos e logo encontramos as duas mais a Rafaella e alguma coisa me diz que eu já conhecia ela de algum lugar só não sei onde. Deve ser bem coisa da minha cabeça né? São Paulo é grande demais para a gente lembrar de quem a gente viu uma vez na vida.

Gabi: Meninas, ela mal falou com vocês naquele dia, então, essa é Julieta, minha prima.
Rafaella: Oi.
Julia: Oi.
Thayse: Oi. Já sabe que pode me chamar de Tata né?
Julieta: Tudo bem né? Haha eu sinto que eu conheço a Rafa de algum lugar. Cê mora na capital?
Rafa: Não, aqui mesmo. Deve ser pelo meu irmão.
Julieta: Seu irmão?
Rafa: Sou irmã do Neymar.
Julieta: Mentira? Nossa, deve ser mesmo!

Fiquei com a maior cara de vergonha haha como eu não lembrava? Melhor foi minha resposta pra ela né? Ok, que eu amo futebol e tal, mas gente, como eu ia saber que ela é irmã do Neymar Júnior? Tô falando que essa cidade é pequena demais para muita informação e pouca Julieta.
Enquanto eu, Tata, Ju e Rafa conversávamos (vou fingir estar normal depois da mini vergonha) Gabi se resolvia com o carinha da barraca porque somos despreparada e não trouxemos nada!

Rafa: minha mãe tá chamando pra almoçar lá em casa. Vamos?
Gabi: Vamos pra onde?
Tata: Almoçar na casa da Rafa.

Elas me olharam como se eu tivesse que concordar com alguma coisa e eu só fiz ri. Vou discutir que não? Respondi um “vamos ué” e a Rafa mandou uma mensagem pra mãe avisando. Se me perguntarem se eu já estou sabendo lidar, saibam que a resposta é clara e evidente: não.
Olhei aquele marzão na minha frente, o solzão e algumas pessoas passando e fiquei alguns minutos refletindo... Paz.
@julietaschutz: ai, ai, Embaré...
"@ricardocoluccitorres: @julietaschutz Tá aí? Tô passando..."
Ei
Pô podia avisar né? Cê tá onde?

Gabi: Ele gosta de ti, prima.
Julia: Ele quem?
Gabi: Ricardo, amigo do Fê. Ele e a Julie estudaram juntos a mó tempão.
Tata: Ele tá te procurando?

Mas antes que eu respondesse o Ricardo apareceu na nossa frente. Magro, alto, sem camisa e forte. Sim, ele estava malhando e parecia bem melhor do que quando nos beijamos há quase três anos atrás. São esses momentos que a gente agradece imensamente ao tempo.

Ricardo: Julie? – tirei os óculos de sol para apreciar um pouco da beleza do rapaz. Ah se isso fosse em 2008. – Nossa, cara... você é amiga delas?
Julieta: Oi, Rick! Então, a Gabi é minha prima e elas eu conheci agora haha
Ricardo: Perdoa aí se você tiver namorado, mas tá gata hein!

Pensei em falar alguma coisa, mas ele foi falando com as meninas e agora ele tá todo saidinho, antes, para conversar comigo ficava até vermelho. Será que Santos é remédio para as pessoas? Se for acho que tô precisando.
Como ele estava com pressa só reafirmou o compromisso de amanhã, o horário e saiu para encontrar os “parceiros”. [...] Depois do Embaré, ainda passamos no shopping e fomos para o apartamento da Rafa porque ela passou o passeio inteiro da comida maravilhosa da mãe dela. Se minha mãe chegar perto de fogão é fogo na casa inteira!

Rafa: MÃE, CHEGAMOS!
Xxx: Oi, filha. – o apartamento era parecido com o da tia Flora só mudava algumas coisas. Ótimo, não vou me perder. – Olha, tem gente nova.
Rafa: Essa é a Gabi, amiga da Tata e da Ju e a prima dela, Julieta.
Xxx: Oi, queridas, prazer Nadine. Vão almoçar com a gente?
Julieta: Sim. Algum problema?
Nadine: Imagina! Olha, pode me chamar de tia tá? Sem esse negócio de dona ou senhora, por favor.

Já gostei dela haha posso até fazer a formal na frente das pessoas, mas não gosto muito disso não. Nessas duas semanas aqui eu deixei um pouco de lado aquela Julieta tímida e introvertida e passei a me entrosar mais (ponto positivo do dia foi eu ter conversado com o Ricardo sem ter ficado vermelha e ter gaguejado).
Ficamos ali na sala enquanto tia Nadine via o almoço junto com a Sonia e pelo visto o jogador saiu com os amigos porque segundo a Ju essa casa vira uma zona quando tá todo mundo. Deve ser tipo lá em casa com a cambada do Fred hahaha
[...]
Tata e Ju tinham ido embora, Gabi estava terminando de tomar banho e só estava eu e a Rafa acordadas assistindo TV e conversando sobre qualquer besteira – na verdade a gente mais fofocava do que assistia TV.

Rafa: Vai fazer o que agora que acabou a escola?
Julieta: Esperando para ver se passei em Publicidade & Propaganda na ESPM.
Rafa: Podia morar aqui em Santos né? Gostei de ti haha
Julieta: Bem que eu queria, sério. Amo praia e o clima dessa cidade tá me fazendo bem que só.
Gabi: Vamos? Dona Flora já mandou mil mensagens!

Nos despedimos da Rafa, peguei minhas coisas e a Gabi as delas, nossas sacolas de compras e quando abrimos a porta Neymar Junior estava parado sem camisa com o celular na mão.

Neymar: Oi.
Gabi: Tá, mãe... sim... já vamos. – minha prima passou pela minha frente falando com a tia, cumprimentou-o normal e eu fiquei ali sem reação hehe – Vem, prima. – saiu me puxando.
Julieta: Oi. – foi a única coisa que eu consegui dizer antes de descer as escadas e encontrar com a tia Na. – Tchau, tia.

Gabi desligou a ligação com a tia Flora e logo em seguida ligou para a táxi porque a casa do jogador era um pouco longe de onde estávamos e não dava para ir andando. Falando nele diz aí que “encontro” massa esse hein? Diz se não foi o pior haha eu já posso cavar um buraco, certeza. Vou me enterrar lá nas areias do Embaré.
Gabi: Nossa, tu ficou lesinha.
Julieta: Não fiquei lesinha. Eu só fiquei sem reação pô, como eu ia adivinhar?
Gabi: Classifique como o pior encontro do século o de vocês.
Julieta: Encontro? Pode ser esbarrão? – o taxi chegou e nós logo entramos. – Mas sempre tem uma sorte do dia.
Gabi deu o endereço para o taxista e fomos rindo da minha categoria sorte do dia: ele não sabe nem meu nome e mal vai lembrar de mim, o que isso é maravilhoso porque não sei qual seria minha reação se o encontrasse de novo.




Nota final: 

Hey you! Mais um capítulo saindo do forno haha vou está sempre postando aos fim de semana já que estudo e fica melhor para mim. Sei que ainda é cedo, então, às vezes parece bem chatinho esse início, mas pra frente tem embalo hahaha
Espero que você goste de mais um capítulo e até o próximo! :)


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Prólogo

NOTA: a fic vai começar com um tipo flashback até chegar em 2013, mas não vai demorar muitos capítulos. 

Dezembro de 2011
Chega essa época do ano e além do Natal que diga-se de passagem é a melhor época, aos que discordam, desculpa aí hahaha eu sempre quero sol, mar e praia. É sempre, sem exceção. Dá aquela vontade de chegar com dona Patrícia e pedir logo um vale e partiu erre jota, mas só vontade porque se depender dela eu permaneço aqui every day and every time.

Acordei com o tradicional sol batendo na cara e eu sempre esqueço de fechar essa janela, impressionante. Ontem eu fui dormir supeeerrr tarde! Olhei no relógio da cabeceira e eram 10h e eu só dormir 5h – em primeiro dia de férias :(
Os vestibulares acabaram – todos cantam aleluia – e agora o que vai me restar é ler, ler e ler. Sabe a sensação de estar de férias e apenas poder esticar os pés na cama e 
ficar lendo um livro qualquer? Exatamente isso.

Xxx: Ó, chata!

Levantei bufando e bocejando por ainda está um caco e abrir a porta dando de cara com o meu irmão segurando o Vade Mecum que ele não larga acho que nem para ir ao banheiro.

Julieta: Fala, Fred.
Frederico: Preciso levar o teu Ipad pra USP.
Julieta: Oi? Ele está... – mas antes que eu terminasse de falar o leso já havia pego. – Frederico, não.
Frederico: Cinco horas só. Até eu ganhar um de Natal.
Julieta: Tá, leva, mas volta sem nenhum arranhão!

Mamãe tinha prometido para ele que daria um se ele conseguisse alcançar todas notas boas na faculdade logo no primeiro semestre e o menino quase não sai do quarto dizendo que há boatos de que está estudando.
Fiz minhas higienes e desci já sentindo minha barriga roncar com o cheiro maravilhoso da comida da Rosinha. Passei pela sala dando um beijo na minha avó e fui ver o que tinha bom naquela cozinha – tô sentindo que vou engordar um tiquinho nesse natal e vou ter que começar a academia.

Julieta: Rosinha, você quer mesmo que eu vá para a academia né? – dei um beijo em sua bochecha – Bom dia, meu amor.
Rosa: Menina, você não engorda nem 5kg quanto mais 2g! – rimos. Ela é uma piada. – Agora senta aí e come tudinho antes que a sua mãe apareça.
Julieta: Dona Patrícia está aqui?
Patrícia: Em carne em osso! Acho que vou te levar na clínica para ver se você acostuma a comer direito. – sentou-se junto comigo e começou a comer uma maçã. – Quero conversar com você.
Julieta: Bomba assim logo de manhã cedo? Não lembro de ter feito nada.
Patrícia: Não fez, mas vai fazer. Estava conversando com a sua avó sobre suas férias e acho que como já passou vestibular e tudo mais vou lhe dar um descanso.
Julieta: Mentira? Eu vou pro RJ?
Patrícia: Tá louca? Não! Vai para Santos.

Eu senti aquele plano de ler, ler e ler indo por água a baixo. Tudo bem que era praia, era sol, era mar, era tudo que eu queria, mas Santos?! O que eu vou fazer em Santos? Quem eu conheço em Santos? (Tirando o time do meu coração e os jogadores né?)

Julieta: O que eu vou fazer... – me interrompeu.
Patrícia: Flora me ligou ontem e perguntou sobre você e seu irmão. Você não ver seus primos desde o Natal de 2001.
Julieta: Eu nem lembro deles e isso faz dez anos... pelo amor, mãe, e o Fred? Eu vou sozinha? Tia Flora nem fala comigo direito!
Patrícia: Por isso que você deveria ir para lá. Fred não vai porque já combinou com uns amigos de ir para Floripa.
Julieta: Ele pode e eu não?!
Patrícia: Julieta você tem 17 anos. Fred já é marmanjo! Ou você fica aqui em São Paulo por mais um ano ou vai para Santos rever seus primos.
Julieta: Misericórdia! Tenho tempo para decidir?
Patrícia: Até o fim do dia.

Concordei e saí da mesa revoltada. Quando eu penso que terei minhas digníssimas férias tenho que ser obrigada a ouvir sobre ir rever meus primos!?
Como acordei quase na hora do almoço e Rosa estava ocupada demais na cozinha, eu mesma arrumei meu quarto que nem estava tão bagunçado e conferi a data que iria sair o resultado do vestibular da ESPM. Eu teria mais ou menos dois meses de férias.
“É pegar ou largar”, dizia minha consciência. Lembrei que minha mãe contava sobre meu pai ter deixado uma carta com minha tia Flora quando fugiu e que eu ou o Fred só devíamos abri-la quando completássemos a maior idade. Mas o Fred nunca ligou muita para isso, então, uhulá, soy yo que terei que abrir essa carta.
Conclusão: partiu Santos.

Julieta: MÃE, MÃE! – a encontrei na garagem. – Eu vou.
Patrícia: Lembrou da carta do Hadrian?
Julieta: Como você sabe?
Patrícia: Conheço minha cria. – piscou e entrou no carro. – Vou ligar para a Flora.

Fico impressionada com esse poder de mãe. Tem como alguém explicar ou eu vou ter que esperar aquela frase “quando você for mãe...” se concretizar para poder saber?
From: Maninho
O que você acha de Santos?
Não quero reencontra-lo e muito menos virar sua “filha favorita” porque o que ele fez comigo e com a minha família não se faz, mas eu quero ver fotos ou mais relatos – isso está nos meus direitos.
To: Maninho
Peixão pô
Por que?
Eu me pergunto quem é a lesa que namora com o meu irmão ou se tem alguma lesa nesse mundo que é capaz de querer namora-lo?
Não to falando disso, idiota
O que você acha de passar as férias lá?
Não tenho paciência com Frederico Schütz mais é quase nunca! Entrei rindo de umas outras mensagens que li e fui para o Twitter fuxicar porque férias Estoy aquí queriéndote (já perceberam que eu sou meio trilíngue? Mas eu sou melhor no inglês, permita-me dizer).

@julietaschutz: good morning, vocation!
@julietaschutz: alguma novidade??
@gaabimoraes_: @julietaschutz julieeee, vem pra Santos

Minha Nossa Senhora como essa menina me achou no twitter? Apresento-nos: minha prima. Filha da tia Flora e irmã do Fernando. Mania que o povo tem de colocar o nome na minha família com “F” fico até surpresa de o meu ser Julieta. Minha avó diz que é porque meu avô sempre quis uma filha chamada Julia e como ele perdeu na aposta de ter descoberto o sexo acabou que quem escolheu foi dona Nina aí a mamãe para homenagear botou o diminutivo.

@fredschutz: responde a msg!!!
“@gaabimoraes_: tô pensando na propostaa!!”
“@fredschutz: vai estudar, maninho”

Sei que ele vai ficar p da vida comigo, mas o que eu posso fazer? Tá no celular no meio da aula? Deduro mesmo! Hahahaha

Acho uma boa
Relaxa a mente
Cê vai pra Santos?

Sério mesmo que ele é meu irmão? “Relaxa a mente”, Fred, você já foi melhor em seus argumentos. Peguei Til do José de Alencar e continuei lendo porque se depender do meu irmão para trazer meu Ipad hoje só depois do Carnaval.

[...]

Despertei já quase de noite e com a minha barriga clamando por comida. Percebi que não tinha almoçado e aí você se pergunta: quanto sono para pouca Julieta não é mesmo?
O Ipad estava ao lado com um papelzinho pregado escrito “vlw, maninha” e o que seria de Fred sem a minha ilustre presença? Deus não me quis como primogênita não sei porquê hahaha
Desci para tomar uma água e meu irmão estava com a cambada de machos jogando vídeo game.

Julieta: Ué, não era você, Frederico, que estava estudando para ganhar um Ipad?
Fred: Última prova, maninha.

É esse o futuro da nação irmãos. Revirei os olhos vendo a cambada ri da cena e eu me pergunto se eles já saíram do ensino médio ou fundamental, mas eles devem estar saindo do infantil.

Rosa: Ainda são crianças.
Julieta: Sempre retardados. O que você vai fazer no jantar?
Rosa: Sua mãe pediu para fazer...
Vó Nina: Picanha à brasileira. Os meninos não iam comer mesmo escondidinho de frango com abóbora e aveia.
Julieta: Ai, vó, te amo. Mamãe disse algo de quando vamos para Santos?

Dona Nina é uma perfeita dona de casa à moda antiga. Não muito moderna no quesito “tecnologia”, a minha avó sempre espera que a mamãe ligue para dizer se vai jantar fora de casa ou não.
Já tentamos faze-la gostar de celular, mas não adianta. “É muita coisa para os meus neurônios”, como diz. O importante é que ela cuida sempre da saúde praticando a natação segunda, quarta e sexta e às terças e quintas passeia de bike pelo Ibira, então, o que vai fazer falta a leiguisse em tecnologia se ela se cuida na saúde?

Vó Nina: Ela deve jantar com o Henrique e no final de semana você viaja para Santos. Vamos ficar lá até segunda e depois voltamos, mas você fica.
Julieta: Henrique? Mas gente, eles estão ficando e ninguém me diz nada.
Vó Nina: Ficando?!
Julieta: É tipo... – como vou explicar isso para ela, Senhor? – Não é bem namorando, tipo... ahn... se conhecendo.
Rosa: Paquerando, dona Nina.
Julieta: Isso. Paquerando.
Vó Nina: Ah bem. Rosa, daqui uma hora põe a mesa. – ela concordou e nós saímos da cozinha indo em direção ao meu quarto. – E você, minha neta, já tem algum paquera?
Julieta: Cruz credo, vó! Não tenho não. Quero viver um pouco a minha vida.

Comecei a procurar alguma mala para colocar minhas coisas enquanto minha avó ficava pensativa sentada na cama. Talvez pensando na minha frase de ainda pouco porque essa era a vida da mamãe antes de conhecer meu pai. Nunca tinha namorado e nem tão pouco teve vários ficantes. O máximo um namorico de dois meses até ela ir para Weimar.
Entendo minha avó com a preocupação para que nem eu e nem meu irmão nos machuquemos, mas eu sempre digo que chega uma hora que a gente tem que aprender com a vida, com os erros e acertos, quebrando a cara. Só assim a gente ergue a cabeça e look ahead, my friend. #momentoJulietaLispector

Julieta: Quanto tempo eu vou passar lá mesmo?
Vó Nina: Suas férias inteira ou até sair o resultado da ESPM.
Julieta: God save me! Posso levar meu guarda roupa todo?
Vó Nina: Para de exagero e arruma logo isso que nós ainda temos que jantar. Se não, seu irmão e os amigos não saem do game.
Julieta: Crocodilos a senhora quer dizer né? Não cresceram!
Vó Nina: Homens, querida. Eles desenvolvem mais tarde.
Julieta: Para umas coisas né? Mas deve ser isso mesmo.

Deixei ainda algumas coisas separadas para colocar na mala, separei a roupa da viagem logo antes que fique aquela loucura e descemos assim que ouvimos o som do latido do cachorro da vizinha. Gente, ele é um labrador lindo! Sou apaixonada sério, mas a mamãe tem receio porque ela acha que eu não sei cuidar nem de mim quanto mais de um cão aí eu tenho que me contentar em brincar com o Lion :(

Rosa: Tudo na mesa já, dona Nina.
Vó Nina: Ótimo! – foi em direção a sala e em minutos em que a gente saiu de lá os meninos já tinham feito uma zona multiplicada por dois. Não sei lidar com eles, são piores que criança. – Quero nem saber o que sua mãe vai falar quando ver isso.
Julieta: Sem Ipad por uns dez anos hahaha
Fred: Vai...

Mas aí a mamãe entrou em casa e a festa acabou! Obrigada, Senhor! Alguém se identifica comigo? Tem um irmão assim? Eu não posso ser a única garota no mundo!
Dona Patrícia passou pela e foi direto para a cozinha sem nem dizer boa noite e pelo visto ou a bronca é na clínica ou ela está de TPM. Fico com a primeira opção porque conhecendo minha mãe é quase nunca que ela fica assim quando tá de TPM – diferente de mim – e coitado do Fred que tem que aturar isso. Mas pensando pelo o meu lado, ele só atura de um mês e um mês e eu tenho que atura-lo todos os dias.
Olhei para ele com uma cara de “arruma isso logo antes que sobre pra ti” e o vi sussurrar um “fodeu” para os amigos haha fica desespero quando faz besteira.

Vó Nina: Que carranca é essa posso saber?
Patrícia: Ninguém tá de carranca aqui.
Vó Nina: Eu sou o pato Donald.
Patrícia: Problemas na clínica, só isso. Vou subir e não vou jantar, boa noite.

É igualzinho aquela cena de filme quando o cara chega do trabalho cansado e avisa que não vai jantar e deita na cama e acorda no outro dia. Só que eu conheço a mãe que tenho e sei que não é problemas na clínica.
Tentei dar a mesma desculpa, na verdade eu sou curiosa nível 1000, mas dona Nina me prendeu lá embaixo e eu só pude subir quando terminei de praticamente raspar o prato (parecendo criança de cinco anos).
Entrei no quarto da mother e ela estava no banho, então, enquanto isso fiquei olhando o twitter e falando com a Sasá (Sabrina) por mensagem.
“Teu irmão podia apresentar uns amigos”
“Que?”
“São todos idiotas”
“Credo, Julie hahaha”
“Vou chamar o Ricardo”
Nossa, Sá, viajou agora”
Ricardo foi um menino do colégio que era apaixonado por mim desde a sétima série só que ele era tão tímido quanto eu. Aí naquela vibe de 15 anos quase todo o fim de semana a Sabrina ficou me enchendo a paciência para eu ficar com ele já que segundo ela eu não sabia nem o que era beijo e aí a gente ficou, mas ele era feinho sabe? Se bem que eu era quase prima da Medusa também, nossa, como ele gostou de mim?! #tenhoautoestimabaixo
“Ele tá mó gato agora”
“Vi ele um dia desses lá na Vila Madalena”
“O que cê foi fazer lá?”
“Acompanhar o Sérgio num happy hour com os amigos, mon chéri”
Esqueci que a SaSá já tem 18 e namora um cara de 23. Se bem que ela tem cara de mais velha mesmo e eu sempre sou baby do lado dela, é impressionante. Ela fica com vários caras e eu só fiquei com o Ricardo na vida.
Mamãe saiu do banho e eu deixei de conversar com a Sabrina para focar no estresse da mamãe e tirar minha curiosidade sobre o tal Henrique porque se você pensa que eu esqueci, não, não, não, eu lembro benzinho da vovó falando do “Henrique da Clínica” como foi batizado pela minha pessoa.

Patrícia: Precisa de ajuda?
Julieta: Mother, what’s happen’?
Patrícia: Filha, eu não queria falar isso na frente da sua avó porque ela vai me pentelhar falando mil coisas e ficar lembrando do Hadrian não vai ser legal, mas eu tô namorando.
Julieta: AI MÃE, QUE FELICIDADE! É o Henrique né? Vovó falou dele.
Patrícia: Sua vó tem uma língua maior que Rodovia Dutra. Ele quer conhecer vocês. Você e o Frederico.
Julieta: Leva ele para Santos, ué.
Patrícia: Sua avó, seu avô... eles vão falar do Hadrian.
Julieta: Ai mãe, não tem problemas nenhum! Frederico vai dar aquele ataque de ciúmes pra fingir que sente alguma coisa e meu pai é passado. P-A-S-S-A-D-O. Tem nada que ficar remoendo uma história que aconteceu há dezoito anos atrás!
Patrícia: Vou falar com ele amanhã.

O sorriso que ela dava quando falava do namorando era de criança recebendo o presente cobiçado de Natal. Ficamos ali conversando sobre ele, sobre Santos, sobre a clínica e de como ela riu quando eu mostrei a foto do Ricardo no 1º EM e agora depois da formatura.
Patrícia: Olha, filha, ele tá morando em Santos.
Julieta: Que?

“@ricardocoluccitorres: eu quero praia, só quero paz, só quero amor...
“@ricardocoluccitorres: deixa eu te mostrar o melhor que eu posso ser”
“@ricardocoluccitorres: vamo meu Santos”

Olhei a marcação dos lugares e tudo era em Santos. Vi algumas fotos que ele publicava e era em Santos também.

É, Cidade de Santos, acho que você vai me surpreender...


Apresentação

Às vezes parece cômico como a vida nos surpreende não é?

Meu nome?  Julieta Moraes Schütz. Pode parecer estranho ter um sobrenome em alemão mesmo sendo brasileira, mas a verdade é que eu nasci na Alemanha, em Weimar – um distrito/cidade do país – sede da casa do meu pai. Não o conheci e única informação que tenho até hoje, durante esses meus 21 anos de vida, é que ele se chama Hadrian Schütz.Tenho um irmão chamado Frederico, um ano mais velho que eu, que está se formando em Direito pela USP e eu estou indo para o meu último ano de Publicidade & Propaganda pela ESPM.

Tenho um lado rebelde por conta de eu nunca ter conhecido meu pai e não, ele não morreu em alguma Guerra ou algo do gênero, eu e Fred viemos para o Brasil com dois e três anos – respectivamente – e depois que eu nasci o homem que eu deveria chamar de pai sumiu. Ele simplesmente nos largou e minha mãe, Patrícia Moraes, teve que se virar para poder voltar ao território canário.

A partir daí eu passei a morar em São Paulo com minha avó Nina e minha babá e cozinheira da casa da vovó, dona Rosa. Minha mãe é médica esportiva e às vezes para em casa, mas geralmente, tem plantão em clinicas por essa cidade a fora.

Acho que devido a isso, talvez, eu tenha uma paixão por esporte e só não escolhi a medicina por ter pavor de hospitais, agulhas, etc.Ademais, eu amo ler, ficar casa – mas curto uma baladinha de vez enquanto – e se puderem me deixar cuidando de criança o dia inteiro, no problem, estou à disposição! Amo o jeito meigo e os mais diversos pensamentos dos pimpolhos futuro da nação.

Ah! Por que a vida é surpreendente? Vocês vão descobrir! 

@julietaschutz: Sunday mood... 💤